terça-feira, 8 de setembro de 2015

EL NIÑO

O El Niño provoca o enfraquecimento dos ventos alísios na região equatorial, ou seja, nos ventos que sopram de leste para oeste, provocando mudanças nas correntes atmosféricas que irão acarretar em precipitações e secas anormais em diversas partes do globo, além de aumento ou queda de temperatura, também anormais.


O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.


O fenômeno já era conhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados no período de Natal, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos.
Os ventos alísios ao soprar no sentido leste-oeste, resfriam a superfície do mar próxima ao litoral do Peru e, de certa forma, “empurram” as águas mais quentes na direção contrária, caracterizando uma diferença de temperatura entre as duas regiões. Então, na região de águas mais quentes ocorre a evaporação mais rápida da água e a formação de nuvens. Para isso, ou seja, para formar as nuvens, o ar quente sobe ao mesmo tempo em que o ar mais frio desce na região oposta, formando o fenômeno que os metereologistas chamam de “célula de circulação de Walker”. A ocorrência deste outro fenômeno forma outro, conhecido como “ressurgência”, ou, afloramento das águas frias do oceano à superfície, dando continuidade ao ciclo.
O El Niño é justamente a ocorrência anormal desses fenômenos ocasionada pelo superaquecimento das águas do Pacífico.

Ao se tornar mais quentes que o normal, as águas oceânicas do Pacífico tendem a evaporar mais rapidamente e em uma região, ou superfície, mais extensa, e não apenas na parte oeste como ocorreria normalmente.
Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são:
- secas na região norte, aumentando a incidência de queimadas;
- precipitações abundantes na região sul, principalmente nos períodos de maio a julho e aumento da temperatura;
- aumento da temperatura na região sudeste, mas sem mudanças características nas precipitações;
- secas severas no nordeste;
- e tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas na região centro-oeste.

LA NIÑA


La Niña é o fenômeno oposto ao El Niño: enquanto que este é devido ao aumento da temperatura do oceano Pacífico, a La Nina ocorre devido à diminuição da temperatura ocasionada pelo aumento da força dos ventos alísios.
Explicando melhor: ao aumentar a intensidade dos ventos alísios, o fenômeno de ressurgência das águas do Pacífico tende a se intensificar e ocorre a diminuição da temperatura da superfície oceânica.
Além disso, a corrente atmosférica tende a “empurrar” as águas mais quentes com maior força, fazendo com que ela se acumule mais a oeste do que ocorreria normalmente.
Ao contrário do que seria de se esperar pela afirmativa de La Niña ser o contrário do El Niño, os efeitos causados nas correntes atmosféricas são praticamente os mesmos: a maior concentração de águas quentes a oeste do Pacífico gera uma área onde a evaporação também é maior. Intensificando o processo da célula de circulação de Walker (o ar quente sobe na região de águas mais quentes, ao mesmo tempo em que o ar mais frio desce na região oposta, gerando um ciclo).

A diferença principal, além da variação de temperatura, é que no fenômeno do El Niño a variação média costuma chegar facilmente a 4ºC ou 5ºC enquanto que na ocorrência do fenômeno La Nina a variação de temperatura mal chega aos 4ºC.
A La Niña costuma ocorrer em períodos alternados com o El Niño, em intervalos que variam de 3 a 7 anos e pode durar de dois a sete anos. Mas, na maioria das vezes foi registrada uma duração média de nove a doze meses.
Outra diferença é que nas últimas décadas o fenômeno do El Niño vem se intensificando enquanto que a La Niña vem ocorrendo com menos freqüência. O ultimo registro da La Niña foi em 1998/1999.
Seus efeitos sobre o Brasil divergem daqueles causados pelo El Niño: na região norte ocorrem chuvas mais abundantes e aumento da vazão dos rios. O mesmo ocorre no nordeste, enquanto que na região sul ocorrem secas prolongadas; nas regiões centro-oeste e sudeste os efeitos são pouco previsíveis podendo variar de ocorrência para ocorrência.
Na Colômbia costumam ocorrer chuvas abundantes e enchentes. No oeste do Chile e da Argentina ocorre diminuição da precipitação de outubro a dezembro, e no Uruguai e no Peru ocorrem secas intensas.
Embora os efeitos mais intensos sejam nas regiões próximas à Linha do Equador e regiões subtropicais, os efeitos da La Niña (e do El Niño) podem ser percebidos em diversas partes do mundo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Galeria Dos Fenômenos











Notícias...









Veja mais alguns sites sobre notícias dos fenômenos:
http://www.canalrural.com.br/noticias/tempo/saiba-como-fenomenos-nino-nina-afetam-agricultura-brasileira-8929





Dicionário Geográfico

Ventos alísios: são ventos que ocorrem durante todo o Mês nas regiões sub-tropicais, sendo muito comuns na América Central. São o resultado da ascensão de massas de ar que convergem de zonas de alta pressão (anticiclônicas), nos trópicos, para zonas de baixa pressão (ciclónicas) no Equador, formando um ciclo. São ventos úmidos, provocando chuvas nos locais onde convergem. Por essa razão, a zona equatorial é a região das calmarias equatoriais chuvosas.

Ressurgência: afloramento das águas profundas do oceano – mais frias e com mais nutrientes.

Circulação de Walker: o ar quente sobe na região de águas mais quentes, ao mesmo tempo em que o ar mais frio desce na região oposta, gerando um ciclo.