La Niña é o fenômeno oposto ao El Niño:
enquanto que este é devido ao aumento da temperatura do oceano Pacífico, a La
Nina ocorre devido à diminuição da temperatura ocasionada pelo aumento da força
dos ventos alísios.
Explicando melhor:
ao aumentar a intensidade dos ventos alísios, o fenômeno de ressurgência das
águas do Pacífico tende a se intensificar e ocorre a diminuição da temperatura
da superfície oceânica.
Além
disso, a corrente atmosférica tende a “empurrar” as águas mais
quentes com maior força, fazendo com que ela se acumule mais a oeste do que
ocorreria normalmente.
Ao
contrário do que seria de se esperar pela afirmativa de La Niña ser o contrário
do El Niño, os efeitos causados nas correntes atmosféricas são praticamente os
mesmos: a maior concentração de águas quentes a oeste do Pacífico gera uma área
onde a evaporação também é maior. Intensificando o processo da célula
de circulação de Walker (o ar quente sobe na região de águas mais quentes, ao
mesmo tempo em que o ar mais frio desce na região oposta, gerando um ciclo).
A
diferença principal, além da variação de temperatura, é que no fenômeno do El
Niño a variação média costuma chegar facilmente a 4ºC ou 5ºC enquanto que
na ocorrência do fenômeno La Nina a variação de temperatura mal chega aos 4ºC.
A
La Niña costuma ocorrer em períodos alternados com o El Niño, em intervalos que
variam de 3 a 7 anos e pode durar de dois a sete anos. Mas, na maioria das
vezes foi registrada uma duração média de nove a doze meses.
Outra
diferença é que nas últimas décadas o fenômeno do El Niño vem se intensificando
enquanto que a La Niña vem ocorrendo com menos freqüência. O ultimo registro da
La Niña foi em 1998/1999.
Seus
efeitos sobre o Brasil divergem daqueles causados pelo El Niño: na região norte
ocorrem chuvas mais abundantes e aumento da vazão dos rios. O mesmo ocorre no
nordeste, enquanto que na região sul ocorrem secas prolongadas; nas regiões
centro-oeste e sudeste os efeitos são pouco previsíveis podendo variar de
ocorrência para ocorrência.
Na
Colômbia costumam ocorrer chuvas abundantes e enchentes. No oeste do Chile e da
Argentina ocorre diminuição da precipitação de outubro a dezembro, e no Uruguai
e no Peru ocorrem secas intensas.
Embora
os efeitos mais intensos sejam nas regiões próximas à Linha do Equador e
regiões subtropicais, os efeitos da La Niña (e do El Niño) podem ser percebidos
em diversas partes do mundo.
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